Uma das sensações mais incômodas envolvendo a amamentação é a das mamas engurgitadas (ou empedradas). Geralmente o engurgitamento é percebido alguns dias após o nascimento, com a apojadura (descida do leite). É nitidamente perceptível o momento que o leite desce: as mamas ficam endurecidas, quentes, pesadas, mamilo e aréola ficam rígidos, o leite pode vazar e pode haver a sensação de calafrio.
Leva certo tempo para que a produção de leite seja adequada à demanda do bebê. Até ela se normalizar, as mamas podem ficar empedradas por conta do excesso de leite produzido.
Quando o leite não flui da maneira adequada, os alvéolos que armazenam esse leite ficam super lotados e o acúmulo nas mamas pode prejudicar o fluxo, entupindo os ductos e ocasionando mastite. Além disso, a mama muito cheia dificulta a pega, o que pode levar à fissuras mamilares e mamadas pouco efetivas.
Abaixo, alguns recursos simples que podem ser usados para minimizar essa questão.
MASSAGEM: com a ponta dos dedos, massagear toda a mama em movimentos circulares e vigorosos, buscando dissolver os pontos de leite empedrados.
SHAKE: balançar as mamas pode ajudar a soltar esses pontos de empedramento. Espalmar a mão e fazer vigorosamente movimentos de impulso com a mama para cima. Outra forma de fazer o shake é ficar em pé, inclinar o corpo para frente e chacoalhar os ombros, deixando as mamas balançarem bastante.
COMPRESSA: sempre fazer compressa FRIA para alívio das mamas. Uma técnica que pode ser usada é a compressa de repolho. Pegue uma folha de repolho gelada e deixe na mama até que ela murche e amoleça (cerca de 15 minutos).
ORDENHA: fazer manualmente, partindo da aréola em direção ao mamilo. Não é recomendado o uso da bomba nos primeiros dias pós nascimento.
Amamentar é um processo que requer aprendizado de ambos os lados – mãe e bebê. É natural que haja dificuldades nesse processo. Para tal, tente se acalmar, peça ajuda e, se possível, conte com o auxílio de uma consultora de amamentação.
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