Você sabe para que serve o plano de parto? Ele é um documento no qual são registradas as expectativas da gestante em relação a assistência médica e hospitalar no que tange seu trabalho de parto, parto e cuidados com o bebê no pós-parto imediato.
Segundo diretrizes do Ministério da Saúde sobre pré-natal e parto, cabe aos profissionais de saúde perguntarem se a mulher tem um plano de parto escrito, ler e discutir com ela, levando-se em consideração as condições para a sua implementação.
Apesar de ser assegurado por lei aqui no Estado de SP [Lei nº 17.431, de 14/10/2021], a equipe que o receber não tem obrigatoriedade em acatá-lo caso seja preciso fazer alguma das intervenções lá descritas. Entretanto, ao ser recebido, o plano de parto é anexado ao prontuário da paciente, o que pode ser uma evidência positiva e favorável a ela no futuro, caso seja necessário.
Redigir o plano de parto é interessante para que gestante e companheirx entendam seus direitos no momento do parto, quais são as possíveis intervenções e procedimentos que podem recusar. É uma ferramenta de empoderamento bastante relevante e, de certa forma, funciona como um mapa da jornada que será percorrida.
Abaixo, um breve resumo das frentes que são abordadas no documento.
Trabalho de parto: nessa parte do plano são descritos os procedimentos que você não gostaria que fossem adotados ao longo do trabalho de parto, como uso da ocitocina de rotina e alimentação livre.
Parto: aqui são descritas suas preferências para o momento do nascimento, como liberdade de escolha de posição e a não realização de episiotomia.
Pós-parto / Cuidados com o bebê: preferências como clampeamento tardio do cordão, contato pele a pele, uso do nitrato de prata, amamentação em livre demanda e todos os cuidados com o bebê são descritas aqui.
Cesárea: o documento é finalizado com as preferências caso seja preciso realizar uma cesárea intraparto, o que inclui solicitar a presença da doula na sala de cirurgia.
Há diversas possibilidades de modelo do plano de parto, como lista no estilo checklist ou qualitativo, em que os pontos de interesse da família são redigidos.
Independentemente do modelo escolhido, o documento deve ser impresso e assinado pela gestante e seu acompanhante em duas vias: uma será entregue no ato da abertura de ficha e a outra deve ser entregue à equipe de enfermagem que receber a gestante no centro obstétrico.
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